Storytelling e marketing são duas palavras que podemos considerar que andam juntas quando falamos em uma estratégia de atração que cativa, emociona e deixa as pessoas curiosas para saber o fim daquela trama. Dessa forma, é muito usada por empresas para chamar a atenção de pessoas e, claro, gerar mais receita.
Se olharmos a tradução natural de storytelling, significa narrativa, mas no bom português, podemos dizer que é a arte de contar histórias e falar exatamente com a pessoa que você precisa, com palavras-chaves que fazem sentido para ela.
Assim, você consegue captar a atenção da pessoa ideal e vender a sua ideia, sem necessariamente dizer que aquilo é uma venda.
Mas, como tudo isso se encaixa no roteiro? Bem, desde o início!
Quando falamos em roteiro, falamos diretamente em contar histórias. Afinal, como produzir algo sem saber qual é o seu objetivo final? Seja um vídeo para YouTube, uma reportagem para televisão, um filme ou um comercial publicitário, todos possuem um roteiro bem estruturado.
O que é storytelling
Storytelling é uma linha de narração, ou seja, contar uma história com início, meio e fim. Como falamos lá no início, é a boa contação de histórias, para atrair pessoas e fazer com que o seu público-alvo se identifique com o que vem sendo retratado, entendendo que precisa adquirir o produto que você está vendendo, não apenas porque supre uma necessidade dele, mas porque, gera conexão.
Não existe uma fórmula mágica para desenvolver conteúdos focados em storytelling, porque cada pessoa possui uma maneira muito individual de escrever e tudo também vai depender do produto final que vai surgir daquela história.
Afinal, o storytelling no marketing pode ser usado para produzir e-mails, posts para as redes sociais, anúncios, vídeos…
No entanto, existe um formato muito utilizado e conhecido: a Jornada do Herói, de Joseph Campbell, apresentada no livro “O herói de mil faces”.
De acordo com Campbell, todas as histórias giram em torno de um herói, já que o personagem passa por diversas situações e enfrenta muitos problemas no percurso, até chegar ao momento da resolução. Uma forma muito simples de identificar isso é nos filmes de heróis, propriamente ditos, em que há sempre um conflito muito claro antes do desafio final.

A jornada é dividida em etapas, confira:
1 . Introdução
O seu público precisa ser apresentado àquele universo, conhecer os personagens e em qual contexto eles estão inseridos. A introdução é muito importante, porque é ela que vai chamar a atenção da sua audiência e vai definir se as pessoas vão acompanhar o seu vídeo até o fim.
2. Conflito
A vida não é um mar de rosas, já diz o ditado pular. Por isso, na jornada do herói, logo existe um conflito, também para gerar curiosidade em quem assiste ao vídeo. A nossa dica é para que você não demore muito para introduzir esse conflito, ele pode ser algo pequeno, como um problema do dia a dia enfrentado pela sua persona.
3. Recusa do chamado
Também podemos chamar essa fase de “charminho”. Brincadeiras a parte, quem nunca pensou em ignorar um problema e resolver em outro momento? Aqui, é quando isso acontece.
Se possível, separe o conflito em partes e apresente motivos para o seu personagem desistir.
4. Ajuda necessária
Quando parece que o seu personagem vai chutar o balde, ele encontra a ajuda necessária para enfrentar o conflito. Dessa forma, surge um mentor que o ajudará a superar o conflito e salvar o dia.
Trazendo essa mesma ideia para um roteiro para a sua empresa, é o tempo ideal para mostrar a sua marca e como ela resolve o problema do cliente.
5. A superação
Nesse ponto, o personagem já entendeu que sozinho ele não dá conta de resolver tudo o que precisa (afinal, já aceitou a ajuda) e resolve enfrentar o desafio.
Assim, surgem novas formas de como superar esse problema, de modo que o personagem tenha certeza que ele vai conseguir passar por essa fase.
6. A grande virada
Esse é o momento perfeito para passar confiança para o seu público, pois ela mostra que, ainda que o caminho tenha sido dificultoso, seu personagem está pronto para enfrentar o que for preciso.
Por ter acompanhado todas as fases anteriores, a sua audiência já criou empatia pela história e vai torcer pelo personagem.
A grande virada é uma fase decisiva, porque é a parte principal para a conclusão da narrativa.
7. Conclusão da história
Aqui, ocorre o desfecho da história. Essa etapa é muito importante, pois mostra como as escolhas que tomamos podem interferir no nosso futuro, mudando algumas coisas.
Confira um exemplo de campanha com storytelling:
Como construir um roteiro com storytelling
Agora que você já entendeu o que é storytelling no marketing e conheceu a jornada do herói, chegou o momento de entendermos como usar essa narrativa na construção de roteiros.
Mas, lembre-se: não é porque a jornada do herói existe, que ela é um formato obrigatório de uso. Em alguns casos, nem todos os passos se aplicam na narrativa e você precisa adaptar a mensagem que quer passar de outra forma, para que ela tenha o impacto desejado.
Isso significa que você já está pronto para escrever? Ainda não! Produzir um roteiro com storytelling no marketing envolve diversas etapas importantes, antes de realmente começar a colocar a ideia no papel. Afinal, é preciso amadurecer aquela primeira ideia e entender se ela tem um futuro promissor ou se será necessário buscar outros elementos para compor a história.
Conheça o seu público antes de produzir
Uma flor pode ser a inspiração para escrever um roteiro, mas, antes de começar a desenvolver essa ideia, você precisa conhecer o seu público e entender se ele realmente vai se sentir atraído por esse elemento.
Por isso, a nossa dica é para que você construa uma persona. Assim, vai entender o que é relevante para ela e não vai desperdiçar tempo e energia produzindo algo que não vai ter um bom resultado.
Veja nos próximos tópicos os passos para fazer um roteiro!

Storytelling no marketing: fundamente a sua ideia
Nós sempre vamos ter um objetivo final. No vídeo que apresentamos acima, o objetivo era vender perfumes para o natal. Porém, o que causa impacto é a forma como a mensagem foi construída, de uma filha que passa a noite viajando para estar junto do pai, que é piloto de avião.
Apesar de ser uma propaganda emocionante, temos certeza de que ela não surgiu do nada. Por isso, a primeira tarefa é fundamentar a sua ideia!
Planeje como tirá-la do papel, quais serão os personagens e o conflito principal da narrativa.
Sugerimos que você faça muitas pesquisas nessa fase sobre o tema principal, observe pessoas na rua e como elas se comportam, converse com pessoas que se interessam pelo assunto. Tudo isso vai ajudar a construir a narrativa.
Quando tiver essas questões resolvidas, vai ser mais fácil entender qual caminho você deve seguir e fazer aquela pequena inspiração, como um perfume, se tornar um roteiro concreto e completo.
Storytelling no marketing: defina o conflito
Como você viu na jornada do herói, o conflito é uma parte muito importante do roteiro. Afinal, ele vai incitar a curiosidade do espectador e vai definir o tom de toda a mensagem.
Por exemplo, se você tem uma empresa de tecnologia, pode produzir um roteiro em que o conflito principal é o fato de que o personagem perdeu todos os dados da empresa e não sabe como recuperá-los. Assim, você pode apresentar a sua solução, de forma sutil, mostrando a resolução do problema.
Storytelling no marketing: construa os personagens
Sem personagem, não tem história! Novamente focando no exemplo de uma empresa de tecnologia, o ideal é que o personagem se pareça com a persona desenhada, por exemplo, um gestor de TI. Afinal, isso vai gerar identificação no público-alvo.
Storytelling no marketing: desenhe a curva dramática
Em todo roteiro, seja ele curto ou não, existe uma curva dramática. Afinal, nosso personagem é levado por um conflito e, conforme o desenrolar do vídeo, ele se encaminha para uma solução.
Por exemplo, se o seu produto é voltado para acadêmicos com financiamento, para reduzir o valor da mensalidade, o conflito que pode ser apresentado e muito usado é tocar na dor daquela persona. Ou seja, o ônus financeiro que a mensalidade vem causando.
Assim, você consegue chegar na grande virada da história, que é apresentar a sua solução.
Storytelling no marketing: argumento e escaleta
O argumento é a fase em que você vai começar a escrever. Ele é um resumo detalhado da história e de tudo que você imaginou para aquele personagem, com sentimentos, emoções e reviravoltas.
Já a escaleta é a estrutura do roteiro, com informações de cada cena para demonstrar como a história irá se desenvolver.
Storytelling no marketing: escreva o roteiro!
Sim! Chegamos ao momento de escrever o roteiro. Essa fase pode parecer assustadora, mas, se você realizar as etapas anteriores, vai entender que já tem informações o suficiente para sentar e focar nos diálogos, ligando as cenas e inserindo informações necessárias para a edição final.
Storytelling no marketing: revise
Assim que o material estiver pronto, é a hora de revisá-lo e entender se ele realmente fala com a sua persona e se entrega a mensagem desejada e esperada. Você pode pedir para outras pessoas revisarem o roteiro e apontarem se existem falhas na história.
Tudo pronto? Hora de gravar!
Como apresentamos lá no início, quando estamos falando em storytelling no marketing, estamos falando em construir uma narrativa cativante e emocionante, com início, meio e fim.
Dessa forma, o storytelling pode ser adaptado para diversos modelos de materiais e para empresas dos mais variados segmentos, desde varejo a tecnologia.
Agora é a hora de colocar as nossas dicas em prática! Por isso, estruture uma persona, pesquise o máximo que puder, defina o conflito e, somente depois de ter realizado todas as etapas, comece a escrever!
Na hora de gravar, você sempre pode contar com ajuda profissional para ter um material mais refinado. Mas, também pode fazer uma produção gravada inteira com o celular, tudo vai depender da mensagem que você deseja passar.
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